A motivação e autoconfiança é algo que vem de dentro de nós e é alimentada pelo nossos ideais e objetivos.
Se você vai trabalhar e não consegue relacionar o seu trabalho com objetivos e ideais futuros, será difícil se sentir motivado, pois motivação significa MOTIVO para AÇÃO.
Na década de 1950, Abraham Maslow, um psicólogo estadunidense, estudou as pessoas bem-sucedidas, maduras e realizadas e concluiu que esse era o estado natural do ser humano e que todos poderíamos ser assim.
Tudo que deveríamos fazer para atingirmos esse estado era superar nossos bloqueios internos ao crescimento e à maturidade.
Conhecido pelo pensamento positivista, Maslow buscava desbancar a cenoura e o bastão como forma de gerir e motivar as pessoas e acabou criando um modelo que chamou de “Hierarquia das Necessidades Humanas”.
Esse modelo sugere que nossa necessidade mais básica é de água e comida até que essa necessidade seja satisfeita. Uma vez satisfeita essa necessidade mais básica, passamos a nos preocupar com abrigo, segurança e vestiário.
Essa hierarquia vai subindo conforme vamos suprindo nossas necessidades básicas anteriores e indo em direção a um estado mais elevado das necessidades humanas que é a realização pessoal, que acontece quando as necessidades de estima estão satisfeitas e a pessoa não é mais motivada pela necessidade de se afirmar, livre de qualquer dependência externa.
“A necessidade básica associada a realização pessoal é a necessidade de ter um sentido e um propósito na vida”.
Quando este nível mais elevado é atingido, seu trabalho, senso de contribuição e existência possui um valor, um legado, uma herança. A hierarquia de Maslow está bem representada na figura abaixo.
E a motivação, aonde entra nesse contexto acima? As pessoas buscam atividades que ajudam a satisfazer suas necessidades e é no trabalho, seja trabalhando para alguém, para si mesmo, ou em uma obra social, satisfazemos nossas necessidades.
Muitos de nós já ouviram o ditado “O trabalho dignifica o homem” e não deixa de ser uma verdade, porém, prefiro usar minha versão deste ditado que é: O trabalho JUSTO dignifica o homem.
E porque o trabalho atende às nossas necessidades? Ora, uma vez que trabalhamos, garantimos uma renda que por sua vez podemos comer, beber e a nos vestirmos (fisiológicas). O trabalho nos fornece a renda para pagarmos por nossa habitação e saúde (segurança). O trabalho une as pessoas em uma comunidade (sociais). Além disso o trabalho oferece prestígio, promoção e confiança (estima).
E, por fim, no nível mais elevado, o trabalho nos permite crescer como indivíduos, utilizarmos nossa criatividade para resolver os problemas da melhor maneira, permite-nos não julgar as pessoas, nos torna mais espontâneos e moralmente corretos (auto-realização).
A Autoconfiança significa capacidade para enfrentar qualquer situação sem permitir que o medo nos afete ou que o “ego” tome o controle.
Quanto mais somos capazes de alcançar algo, mais autoconfiantes nos tornamos, e quando mais autoconfiantes somos, mais capazes somos de alcançar objetivos ainda maiores.
Timothy Gallwey diz que o primeiro passo no caminho da harmonia entre o ego e o corpo (self 1 e Self 2)* é deixar de lado o autojulgamento. Ele diz ainda que:
“quando isso ocorre, a confiança começa a surgir, e finalmente se transforma no ingrediente básico da alta performance: a autoconfiança.”
Basicamente o que Gallwey diz é: Confie no seu self 2, a parte inconsciente, livre de julgamentos e executora.
* Falarei em outro post sobre o Self 1 e Self 2, conceitos altamente importantes para a alta performance.
Muito comum no ambiente de trabalho, é o chefe promover um funcionário, porém continuar dando palpites no seu trabalho e não lhe dar real oportunidade de se expor e pensar por si próprio, este chefe terá sido contraproducente. A autoconfiança se consuma quando alguém é digno de fazer escolhas.
Me despeço por aqui e lhe deixo essas perguntas:
REFERÊNCIAS:
Whitmore, John. Coaching para aprimorar o desempenho: Os princípios e a prática do coaching e da liderança. São Paulo: Clio Editora, 2012.
Gallwey, Timothy. O Jogo interior do tênis: o guia clássico para o lado mental da excelência no desempenho. São Paulo: SportBook, 2016.